Não é de hoje que a saúde pública vem sendo pautada pela grande mídia, e em período eleitoral por “nossos e nossas” representantes da política partidária.
Ao abordar tal questão, mostra-se interessante fazer-se uma reflexão histórica da desigualdade, monopólio e saque do SUS, o sistema único de saúde.
1º - As grandes empresas farmaceuticas, convenios médicos, planos de saúde, rede hospitalar privada têm seus representantes no Congresso Nacional. Tem candidaturas estratégicas em defesa de si mesmos, ou seja, pela manutenção de uma saúde pública ineficaz, para contínuo lucro, desviando recursos do SUS para propagandas, obrigando pessoas a procurarem órgãos privados.
2º - A situação emergencial em que se encontra a saúde pública no Distrito Federal e país é comumente demonstrada com inconformismo pela grande mídia, ou mídia coorporativa, pois na prática, impede a limpeza, a manutenção, a reforma, o subemprego; Sendo que na piramide capitalista o povo pobre, que é quem sofre com o abandono dos hospitais, postos de saúde e falta de medicamento nas farmácias de alto custo, são os funcionários que trabalham para aqueles que noticiam a matéria ou propoem a politica. A doença dos pobres hoje é noticiada, pois o café da manhã da burguesia não será servido no horário.
3º - Por que ainda há epidemia de doenças como chagas, malária e dengue? Porque na prática a maioria das pessoas que contraem tais doenças são pobres. Certa vez um turista espanhol faleceu no Brasil ao contrair dengue. O país foi internacionalmente criticado com uma indagação: Como um inseto pode ainda, no século 21, matar uma pessoa?
Mais uma vez demonstra-se o genocídio da população, cumprindo-se o discurso de acabar com os miseráveis e não com a miséria. E o coronelismo vem a contribuir neste crime. Em Brasília as ambulâncias do SAMU ficaram por mais de 5 meses paradas, sem atender a população, somente pelo fato de possuirem a logo do Governo Federal. Mas como? Naquela época o então governador e hoje candidato a reeleição o ‘coronel’ Joaquim Roriz prefiriu dificultar o atendimento da população ao permitir que em seu governo ambulância trafegassem com um símbolo do governo Lula, de uma partido teoricamente de esquerda.
Hoje este mesmo Sr. apresenta em seu plano de trabalho as mesmas politicas paternalistas que caracterizam sua trajetória. Não há uma proposta de re-estruturação e suporte as farmácias públicas e de alto custo, mas há a Bolsa Remédio, que na prática irá enriquecer ainda mais os empresários farmaceuticos em detrimento da rede pública.
Não há proposta de re-estruturação dos postos de saúde, para que seus enfermeiros e médicos não precisem promover bingos e vaquinhas para adquirirem esparadrapos, gases, medicamentos, mas haverá a construção da cidade da saúde, que na prática promoverá mais uma vez o lucro de empreiteras que patrocinaram certas campanhas, lucro para rede privada, e fará com que a população não tenha atendimento próxima a residência, sendo obrigada a se deslocar para a Cidade da Saúde em uma SAMU que não tem maca, pois o Sr. Augusto Carvalho prestou grande deserviço quanto Secretário de Saúde.
Por que é tão difícil o conserto de um elevador, mas é tão fácil construir um cargo comissionado? Porque vale mais um assessor de campanha trabalhando diariamente em favor desta politica coronelista, do que uma população sadia, disposta fisicamente e socialmente a lutar por seus direitos.
Enquanto fortalecermos esta política coronelista através de nosso voto, continuaremos a ver nossas mães dando a luz e perdendo seus filhos e filhas em banheiros sem higiene, em corredores.
Defendemos o termo Vida Saudável, pois nossa saúde basea-se em nosso cotidiano. E as merendas escolares, por exemplo, ainda são frituras, gorduras, e alimentos inorganicos. A escolas não possuem psicológos. Não há uma política pública de combate a drogadição de crianças e adolescentes. O Adolescentro e COMPP não suportam a demanda, e pessoas como Fraga preferem que estes continuem em drogadição, levantando como proposta salvadora a redução da maioridade penal.
Mas o que isto tem haver com saúde? A drogadição tem que ser tratada como saúde pública, mais que segurança, porém têm que está articuladas. Através do vício, muitas vezes gerado pela própria condição de baixa estima, favelização, destruição dos vínculos familiares, preconceito, falha em assistencia social, crianças e adolescente são levados a furtos e assaltos; Sendo que não há sequer uma clínica pública de tratamento de crianças e adolescente em drogadição; Muitas vezes comunidades terapeuticas (ONGs) tem que encerrar sua ação, pois não houve repasse de recurso.
Enquanto Frente Candanga de Hip Hop defendemos a criação de mais Centros de atenção psicossocial, sendo que os existentes no DF não suportam a demanda. Reivindicamos ainda a construção de Caps AD (anti drogas) e Capsi (infanto juvenil).
Levantar este debate junto aos candidatos é de suma importância. Pois ainda vemos proposta vazias, que não compreendem o papel da prevenção, que não dialogam sobre saúde mental, por exemplo.
Votar em Roriz e suas propostas coronelistas é mais uma vez transformar o voto em panetone. Sendo este panetone embalado sem higiene alguma, pois nos lixões comuns ainda encontra-se lixo hospitalar, que poluem nascentes, que irrigam plantações, transformadas em merenda escolar.
O Bolsa remédio é lucro aos empresários e roubo do dinheiro público. Cidade da Saúde é lucro a empreiteiras e difícil acesso a população!
Que nosso voto, além de propositivo, participativo, também seja SAUDÀVEL.
Por Aborígine
Frente Candanga de Hip Hop Contra a Corrupção
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